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O ateísmo rejeita a natureza espiritual do homem, embora a sua mera existência e condição de ser racional clamem em favor dela. O ateísmo é, portanto, uma revolta contra a natureza. Daí a aversão que a própria palavra suscita
Assim como a alegria genuína só pode florescer na conformidade com a própria natureza - e por isso mesmo os santos são com justeza chamados “Beatos” (felizes), pois realizaram a plenitude de sua individualidade num desabrochar espiritual – também a razão humana só refulge plenamente ao reconhecer a própria contingência, e sujeitar-se à suprema inteligência do Criador do universo.
Mas esses seres “Brilhantes” desvendaram em público as mais recônditas razões de seu ateísmo, que se entremostram sob a convencional ostentação vaidosa, baseada na pseudofundamentação científica de sua crença.
Analogamente, a palavra “brilhante”, em sentido figurado, sempre significou “ilustre”, “próspero”, “arrebatador”, e também “feliz”, aplicando-se em especial àquelas mentes privilegiadas, capazes, não só de um relâmpago de súbita compreensão, mas também de reduzir as outras pelo fulgor da inteligência. Ao contrário, é um paradoxo autodenominarem-se “brilhantes” indivíduos cuja mente opaca, porque centrada num autosuficiente
é um paradoxo autodenominarem-se “brilhantes” indivíduos cuja mente opaca, porque centrada num autosuficiente narcisismo, revela-se mais impenetrável à luz da verdadeira intelectualidade. Para esses mais calharia o epíteto de “tenebrosos”.
Ao inverso do que procuram fazer crer alguns ateus, o ateísmo nunca é conseqüência de madura reflexão, ou resultante inelutável do conhecimento científico ou filosófico; é freqüentemente uma escolha pré-racional de ordem metafísica, fruto de orgulho e rebeldia, uma manifestação da puberdade intelectual, como a acne o é da biológica.
Para afirmar o próprio ego, o adolescente busca rejeitar a autoridade; a constatação é de psicologia elementar. Não é raro, nesta fase, a rebeldia juvenil manifestar-se como ateísmo Só que com o tempo o jovem normal supera essa etapa, insere-se como indivíduo e como ser humano na ordem hierárquica da sociedade e do mundo. Amadurece e torna-se adulto, freqüentemente retornando à fé aprendida na infância, numa volta superior da espiral de crescimento intelectual, ou, se não a teve, buscando com sinceridade respostas às grandes questões metafísicas, o que pode levar à conversão.
Não é raro, nesta fase, a rebeldia juvenil manifestar-se como ateísmo Só que com o tempo o jovem normal supera essa etapa, insere-se como indivíduo e como ser humano na ordem hierárquica da sociedade e do mundo.
Amadurece e torna-se adulto, freqüentemente retornando à fé aprendida na infância, numa volta superior da espiral de crescimento intelectual, ou, se não a teve, buscando com sinceridade respostas às grandes questões metafísicas, o que pode levar à conversão.
Pode dar-se que o ateísmo juvenil perdure por inércia na idade adulta, por falta de reflexão ou desinteresse; assim também há indivíduos “religiosos” por inércia, a carregar uma “fé” puramente social e convencional. Ateus (e crentes) deste tipo são em geral tolerantes, e, se bem formados, respeitadores das crenças alheias.
Coisa bem diversa é ateísmo militante, cujos aderentes encaram a descrença como dogma, e a destruição da fé em Deus como um apostolado.
Todavia, ao contrário do que propalam, sua opção nada tem de racional, explicando-se melhor por um processo emocional.
Coisa bem diversa é ateísmo militante, cujos aderentes encaram a descrença como dogma, e a destruição da fé em Deus como um apostolado.
Todavia, ao contrário do que propalam, sua opção nada tem de racional, explicando-se melhor por um processo emocional.
Mas esses seres “Brilhantes” desvendaram em público as mais recônditas razões de seu ateísmo, que se entremostram sob a convencional ostentação vaidosa, baseada na pseudofundamentação científica de sua crença.